sábado, 23 de julho de 2016

Às mães, para que nunca se esqueçam que também são mulheres!




A maternidade tem-me feito refletir e aprender muitas coisas e uma delas é que não nos devemos aniquilar a nós próprias enquanto pessoas e passarmos a sermos só as mães de... e donas de casa.
Quase todas as mães passam por uma fase em que se esquecem de si, de se cuidar e não falo só do aspecto físico mas essencialmente da saúde e do bem estar psicológico (na verdade diria que estão todos interligados). Penso que o descuido é normal e perfeitamente aceitável mas a partir de determinada altura pode tornar-se prejudicial, para nós e consequentemente para os nossos filhos.
Entramos numa perspetiva de que o resto não interessa: não interessa ir ao cabeleireiro, nem pensar ir ao cinema só com o marido, não interessa ter um momento só para nós, não é prioridade comprarmos uma pecinha de roupa para nos sentirmos bonitas (mil vezes preferível comprar aquele conjunto de bebé que vimos na montra e adoramos, apesar de não ser necessário), ir ao médico só em S.O.S.... E depois o tempo...não há tempo para essas futilidades.
E muitas vezes surgem assim as depressões pós parto, a desmotivação, o cansaço, as doenças físicas, até os divórcios, e tudo isto faz-nos perder tanto tempo, tão mal gasto..
E hoje escrevo-vos sobre este tema porque há pouco tempo a minha saúde ressentiu-se e disseram-me o seguinte: "Não se esqueça que você é a Paula, 24 horas por dia, e em algumas horas é também mãe da Matilde e da Francisca, mulher, dona de casa, profissional."
E é verdade, tenho me esquecido muito de mim.
Há tempos nas minhas pesquisas sobre Trissomia 21 li qualquer coisa deste género: as indicações para a maternidade são as mesmas para as situações de emergência num avião. Primeiro coloque o oxigénio em si para depois ter condições para fazê-lo ao seu bebé...



Prometo a mim mesma ler esta publicação todas as semanas!!


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quarta-feira, 20 de julho de 2016

A Associação Pais 21







Como  já referi noutras publicações, e não sendo nós exceção, toda a fase de processamento e adaptação ao diagnóstico da Francisca não foi fácil. Faltou-nos informação no imediato, preocupação connosco pais e consequentemente com a Francisca. A adaptação dos pais é, para mim, a condição sine qua non para que todo o meio em que a criança se insere a aceite e aposte nela!
Faltou falar-vos  da Associação Pais 21 (www.pais21.pt ou facebook Pais 21), que faz um ótimo trabalho no apoio aos pais e na sensibilização para a integração bem como na defesa dos direitos das pessoas com Trissomia 21.

Entre muitas outras iniciativas, esta associação criou o Kit 21 Bebés, destinado aos pais, com o objetivo de ser entregue em todas as maternidades do país de modo a que seja dada aos pais informação realista, mas positiva, imediatamente após o diagnóstico.

Nós conhecemos a associação mais tarde porque o Kit ainda não chegou ao hospital onde a Francisca nasceu e foi uma amiga que me deu a conhecer e pediu a minha integração no grupo da Associação. A Pais 21 "recebeu-nos" virtualmente de braços abertos e enviou-nos o Kit repleto de informação muito útil, testemunhos de outros pais, entre outras coisas com muito significado. E entre essas outras coisas houve uma que para mim fez muito sentido: um maço de lenços cuja capa diz "Não faz mal chorar"! E que sentido me fez aquela mensagem naquele momento! Afinal eu não era assim tão cruel...!




Obrigada Pais 21 pelo vosso trabalho e por toda a amabilidade que tiveram, e  têm, connosco.

Visitem a página e conheçam a associação.


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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Filhos doentes: uma dor!






Não há nada pior do que termos os nossos filhos doentes, a alegria desaparece e permanece um aperto no peito até termos a certeza de que já estão bem! As crianças são muito mais fortes do que nos faz crer o seu ar frágil e indefeso mas não deixa de ser uma dor saber que algo não está bem! Quantas mães já desejaram ficar doentes na vez dos filhos? Penso que quase todas...



E estes dias tenho me sentido um pouco assim... A Francisca está com infecção urinária, sem sintomas, a não ser uma alteração no cheiro da urina. Ser uma mãe exageradamente preocupada tem as suas vantagens... Achei que algo não estava bem e liguei ao pediatra, ele sugeriu fazer colheita e confirmou-se a infecção. Fiquei preocupada porque a Matilde já teve uma que evolui para infeção nos rins, o que pode trazer muitas compilações!
No sábado, quando soube o resultado, voltei a ligar ao pediatra e mais uma vez tive a certeza  de que temos as pessoas certas ao nosso redor: o Dr. veio de propósito ao consultório para ver a Francisca, não estava a trabalhar nem sequer estava perto mas achou importante certificar-se de que a infecção não estava já nos rins. Felizmente não! Mas enquanto não tive essa certeza o aperto no peito não passou...

E além de virmos do consultório mais descansados viemos também muito babados! O pediatra deu-nos os parabéns pelo desenvolvimento da Francisca e é desta confirmação de que ela está a evoluir bem e destes elogios a ela que se alimenta a nossa força para acreditar sempre!


PS: Há uma frase que diz: "Antes de ser um bom profissional seja um bom ser humano". Felizmente temos encontrado muitos que cumprem essa máxima. Grata por isso!


E depois mais descansados... fomos relaxar!







segunda-feira, 11 de julho de 2016

As melhores terapias,os melhores pais, os bebés mais felizes!

A Francisca na terapia Ocupacional, no MAPADI 


Uma das críticas ao método Glenn Doman é precisamente o envolvimento dos pais na estimulação dos filhos e a consequente pressão que estes sentem para que os seus filhos se desenvolvam como previsto.
Não posso dizer que não sinta esta pressão mas penso que, independentemente do método e mesmo que a Francisca não o seguisse, o nosso papel no desenvolvimento dos nossos filhos é fundamental,  haja ou não um diagnóstico.
O feedback que me dão as terapeutas da Francisca é mesmo este:" Nós podemos trabalhar muito na sessão com as crianças mas se não houver trabalho em casa o resultado não é o mesmo. Os pais são fundamentais".

Às vezes não se trata de seguir um método ou de ter uma formação especializada na área do desenvolvimento do bebé, basta estarmos sensíveis a algumas questões como:

- Dedicar pelo menos 30 minutos do nosso dia com os nossos filhos, para brincar, ler uma história, cantar, dançar uma música com eles ao colo, conversar, dizermos-lhes o quanto os amamos.
Eles não entendem? Entendem perfeitamente! Entendem a linguagem corporal, sentem a energia positiva que lhes transmitimos.
Não temos tempo? Já da Matilde eu achava que não tinha tempo! Agora pergunto-me o que fazia eu com o meu tempo...
Não temos paciência? Há dias assim, um ou outro. Mas só é permitido um ou outro, porque nós assumimos um compromisso: o de ser pais.

- Evitar os diminutivos e o vocabulário que não existe. Um bebé tanto entende o que é "xixa" como entende o que é "carne". O processo é o mesmo. Poderá ser mais difícil dizer carne mas ela vai aprender;

- Explicar-lhes o que estamos ou vamos fazer: "Vamos comer a sopa", "Vamos tomar banho...mudar a fralda...tirar a camisola"...Os bebés vão assimilando esta informação o que vai ajudar a desenvolver a sua perceção e a fala.

- Evitar limita-los ao parque ou ás cadeiras de refeição ou espreguiçadeiras. A máxima "Mente sã em corpo são" aplica-se desde  sempre e se não lhes dermos oportunidades de desenvolverem a sua parte motora, naturalmente que esse processo se atrasa e consequentemente pode atrasar outros processos de desenvolvimento;

-Passear, passear muito. Ir ao parque infantil, ao parque da cidade, contactar com a natureza, que escasseia principalmente nas grandes cidades, mas que é tão fundamental até para a criação de defesas!

- Amar.

É muito importante acima de tudo não esquecermos que todos os bebés têm o seu ritmo e devemos respeitá-lo, sem os pressionar ou fazer sentir frustração.  Mas se pudermos ajudá-los a desenvolver-se bem, estamos só a cumprir o nosso papel.

São só algumas dicas de mãe :)










terça-feira, 5 de julho de 2016

Oh tempo não achas que estás a passar depressa de mais?



É uma dor comum a todas as mães: os filhos crescem depressa de mais!
Já achei isso com a Matilde mas como ela ficava tantas vezes doente e me diziam que só passava aos três anos, e assim foi, penso que passei os primeiros anos de vida dela a desejar que o tempo passasse rápido para pararmos todos de sofrer!
Com a Francisca então, parece que o tempo voa, talvez por ser a segunda filha e também por eu ter aprendido com ela a valorizar mais cada momento! E como são muito mais os momentos bons que os maus, sinto que o tempo passou mesmo a correr! De repente já tem 16 meses e meio, já tem 9 dentes, anda e já diz algumas (poucas) palavras. Ainda no outro dia era um bebé pequenino e frágil que nem os olhos abria! Agora abre-os bem, foca-os em mim e sorri, com a boca e o olhar. Sabe bem o quanto gosto dela e faz-me sentir que é recíproco...



Mas, voltando ao tema... Tempo, anda mais devagar está bem?