quarta-feira, 15 de março de 2017
A aceitação e a inclusão
Este é para mim o tema mais sensível e de maior importância, sob o qual foi pensado o meu blogue: a aceitação e a inclusão das pessoas com Síndrome de Down.
Ter um filho com Síndrome de Down implica a existência de alguns receios de pais e um deles é o da não aceitação e da falsa inclusão. A Francisca andará numa escola pública, que deve ser integradora e promotora da inclusão, mas sabemos que nem sempre as coisas funcionam dessa forma.
Este é o meu maior medo, que a Francisca não seja aceite pelos seus pares, que tenha dificuldades em fazer amigos e que seja posta de parte. Neste momento, eu não consigo encontrar qualquer diferença na minha filha, para mim ela é uma menina como todas as outras da idade dela. O meu desejo é que ela seja vista assim ao longo de toda a sua vida, que consiga um emprego , que case se quiser e que seja feliz, acima de tudo. Ainda faltam alguns anos para que os pares percebam a diferença mas eu já vou sofrendo por antecipação. Sei também que poderá não haver diferença alguma e que ela poderá ser sociável e ter o seu grupo de amigos. Tudo é uma incógnita e tentamos viver um dia de cada vez mas é inevitável não pensar nestas coisas tendo em conta a sociedade em que vivemos.
Nós pais temos um papel fundamental nesta questão ao educarmos os nossos filhos para a aceitação, equidade e integração de quem por algum motivo, seja genético ou não, é diferente. Os nossos filhos são a sociedade de amanhã e devem ser educados neste sentido. Esta minha publicação é um apelo aos pais, para que ensinem os seus filhos a aceitar o outro tal como ele é, assim eu faço com as minhas filhas.
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